sexta-feira, outubro 24, 2008

Orçamento para 2009


Um documento esquisito. Um crescimento de 0,6% na economia (PIB)? isso é indiferente, mais décima, menos décima. Mantém o défice em 2,2%, é expansionista q.b. para ano eleitoral, onde, em plena crise - quando está implicita uma baixa na produtividade da economia... - existe pelo menos 360 milhões de euros para aumentos salariais (de 2,9%), espaço para baixa de impostos no IRS (para alguns, como adiante demonstrarei) e no IRC (aqui, sim, parece haver uma descida, ligeira) com a mecânica do Pagamento Especial por Conta ainda por perceber. De resto, o desemprego nos 7,6% (mantém) implica mais 20 mil desempregados no próximo ano (tendo em conta a entrada no mercado de trabalho de 40 mil activos). Procura externa deixa de ser motor (a crise...) e a procura interna tende a gripar. Deflator do PIB nos 2,5% significa um crescimento nominal de 3,1% (Produto na casa dos 173,2 mil milhões de euros). A carga fiscal, contrariando o que diz o Executivo (incluindo as contribuições) aumenta 1 ponto percentual e está na casa dos 37% do PIB.

Aos poucos vamos descascando o orçamento.