As Frases, o Comentário, a Conclusão
O investimento vai cair 3,2% em 2006, o que significa uma redução acumulada de 18% nos últimos cinco anos. Diz o BdP que o investimento das empresas "tende a evoluir com algum atraso face ao comportamento das exportações", mas apenas e só "quando os sinais de maior dinamismo se transmitem ao consumo privado". Ou seja, talvez que a presente janela de oportunidade constituída pelo dinamismo das exportações como motor do investimento empresarial não venha a ocorrer tão cedo, já que as "restrições intertemporais das famílias", como o aumento de impostos e das taxas de juro, acrescido de cortes no consumo público, impedem "crescimentos do consumo privado no futuro". Uma outra consequência: como o consumo privado (famílias) cresce abaixo do PIB (o que não sucedia há anos), então a presente aceleração da economia, diz o próprio banco central, "não se reflecte na totalidade na melhoria da componente cíclica do défice". O banco chega mesmo a afirmar que a "evolução cíclica da economia deverá contribuir para o agravamento do défice orçamental"... Por outras palavras, a economia cresce o que cresce, mas não serve para nada. Nem para o investimento, nem para diminuir o défice orçamental. Só serve, pelos vistos, para uns poucos acumularem riquezas...
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